quarta-feira, 4 de maio de 2011

REJEIÇÃO - A ARMA DO SÉCULO

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      Vivemos na era da normalidade. Tudo é normal. Abandonar crianças é normal, adotar sem amor é normal, matar o pai por herança ou pelo seguro de vida é normal, engravidar de jogador de futebol por dinheiro é normal ( vender a alma, o tempo, a vida e colocar uma outra vida como peteca no jogo) é normal.
      Nós seres humanos, ditos sociais, somos uma espécie de vitrine, somente somos considerados alguém de sucesso se ostentarmos algumas quinquilharias pouco duráveis que recebem o adjetivo de "fashion". A  bolsa da Louis Viton, o sapato da Gucci, a roupa assinada por não sei quem e , para os mais pobres, de alguma lojinha mais "transada" de um shopping famoso. Para os homens, possuirem um carro X da marca Y para atrair as "gatinhas". Depois reclamar que o "carinha" só " chegou em você" porque você estava "fashion" ou que a "gatinha" só estava  com você por causa do carro. Legal! a babel do cotidiano.
      Para atrair amigos e afins há tempos atrás você tinha que ter bom comportamento, ser comedido, educado, trabalhador (leia-se não indolente) e ter objetivos para a construção do futuro, e a construção do futuro era construção mesmo, não era presente dado de graça, conhecia-se o preço e o valor de cada conquista. Silenciosamente sabíamos discernir atrocidade de passionalismo, hediondês de impulsividade, planejamento meticuloso de acidente de percurso. Hoje o Hediondo, o atroz e a meticulosidade nociva é uma espécie de acessório da personalidade, com direito a comentários do tipo " Como fulana é corajosa..."
      Somente semana passada foram noticiados três casos de abandono de incapaz - crime, pela nossa legislação- por suas "mães", em São Paulo. No primeiro caso, a criança foi colocada numa caçamba de lixo, no meio da rua, flagrada pelas câmeras de segurança de um estabelecimento; no segundo caso, a criança foi encontrada na porta de uma residência pela manhã, por uma transeunte, juntamente com o lixo caseiro, havendo tomado chuva a noite inteira; no último caso, o mais hilário e sórdido, a "mãe" sentiu apenas uma cólica - e existem mulheres que realmente não sentem dores de parto- pediu para entrar numa clínica e ir ao banheiro, lá pariu a criança e colocou-a na cesta de papel higiênico. A auxiliar de serviços gerais encontrou a criança 40 minutos depois. A "mãe" foi encontrada e está sendo indiciada. em entrevista a "mãe" alegou não saber que estava grávida e que confundiu a criança com dejetos de menstruação.
      Este desafeto manifestado no ventre tem resultados nefastos na vida desse ser que inicia sua caminhada. Por mais que não lhe contem, a alma humana tem sensores decadimensionais e sabe, antes de nós, qualquer coisa sobre nós. Será aquele vazio "inimpreenchível" ....aquele poço que não tem fundo. E se somente assim o for, está é muito bom. Dependendo da trajetória desta caminhada, a dificuldade de amar, de aprender, compreender, de viver mesmo, no sentido existencial é carimbada na pele feito marca de ferro em brasa em boi de pasto. Pergunto: Alguém tem o direito de fazer isso?
Na sociedade brasileira existe um discussão silenciosa, que possivelmente, se transformará numa discussão oficial, com direito a plebiscito e tudo mais, sobre a descriminalização do aborto. Polêmico? sim! muito. Quando se aventa a possibilidade dessa discussão, a fundamentação se dá na premissa " caso de saúde pública", baseado em dados estatísticos de não sei quantas mortes de "mães" por abortos clandestinos mal feitos e de que, nos casos destas "mães" que sobrevivem, sobra para o sistema público de saúde a conta a pagar. Blá,blá,blá...blá,blá,blá.
Ora! a mulher, desde sempre, é responsável por gerar os seres humanos que povoam a terra. Isto é Poder. A mulher, desde sempre, é responsável pela educação deste rebento. Isto é Poder. A constituição do mundo com seus tons e semi-tons é obra silenciosa da ação da mulher através da geração e criação de seus filhos. Isto é Poder. Lembremos que quanto maiores os Poderes maiores serão também as Responsabilidades.
      Na época de nossos avós os homens nasciam para o prazer e a mulher para o dever. Não existia métodos contraceptivos e a mulher não tinha alternativa a não ser parir. Hoje, vejamos....em uma farmácia, sem receita médica, podemos comprar pílula anticoncepcional, camisinha masculina, camisinha feminina, pomada espermicida, o antigo "tampão", que não sei se ainda tem este horroso nome, e a polêmica pílula do dia seguinte, e se você for esquecidinha ainda têm as injeções, que tem efeitos que duram meses ( com receita médica)
      Analisemos.... qual é a necessidade de uma criatura fazer um filho que não quer, abandoná-lo numa lata de lixo ou....uma sociedade inteira gastar os tubos em dinheiro para realizar uma consulta pública para saber ou não se vai se auto-instituir genocida oficialmente? Nossas avós não tiveram essas "benesses contraceptivas" e não se via o descalabro de que vemos hoje. Não estou dizendo que não existia, apenas que não era dessa forma  "normal".
      Saúde pública? falta de educação, falta de interesse na manutenção de seu próprio corpo, falta de auto-estima, falta de responsabilidade com o patrimõnio natural que lhe foi concedido divinamente, falta de noção de causa/consequência, falta de tudo, inclusive de bom senso, quando se vai para uma relação sexual sabe-se da probabilidade disso acontecer. Logo, tem-se duas alternativas para a questão ou você passa numa farmácia e zela pela sua saúde, corpo e bem estar de alma ou abstenha-se sexualmente. Qual é o mais fácil?
Sou a favor da aplicação da lei como ela se encontra hoje, com indiciamento e prisão de 6 meses a 3 anos e exemplo para as demais. O problema carcerário entra na questão? sim. Mas não é o alvo deste texto, isso agente discute depois. Se a primitividade e obtusão só é contida com contundência que assim o seja.
      Na semana do dia da MÃES ( mais comercial do que filosófico) há que se refletir sobre a importância desse papel social/emocional para constituição de uma sociedade sadia. Até porque, MÃE é uma instituição sagrada, abençoada e não é para "qualquer uma". A renúncia de sucesso profissional através da liberdade para competitividade, do crescimento financeiro às próprias custas e afins, é louvavel, pois a missão é extremamente nobre.
      A você MÃE que escolheu a missão mais engrandecedora do planeta. A você MÃE que usou da escolha do sagrado, da continuação, da perpetuidade, do poder feminino em exercício....A você toda FELICIDADE do mundo, as BENÇÃOS do universo, a PAZ dos Deuses e o SUCESSO nessa missão de gerar, parir e construir uma pessoa. Porque se existe algo que se aproxima, de fato, do que entendemos como AMOR (bíblica e filosóficamente) é o SER MÃE, a verdadeira MÃE..... FELIZ DIA DAS MÃES!







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