domingo, 20 de janeiro de 2013

ESCOLHAS

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O meu caminho quem faz sou eu. Ele é o somatório das minhas escolhas, a personificação das minhas construções. Quem diz a direção do meu caminho sou eu, a qualidade das pedras com as quais serão ladrilhados.
 A cor do sol do meu caminho quem decide sou eu, a quantidade de chuva, a inclinação de uma curva, o nível do aclive e do declive.
Quantas paradas vou fazer, quantos atalhos vou pegar, quantos vão estar nele e até qual ponto estarão. Em quais partes farei acompanhada e quais partes farei sozinha. Quais trechos conheço como a palma de minha mão - se a conheço - e quais  preciso redobrar a atenção por serem totalmente desconhecidos.
Quais acontecimentos quero porque quero, pagando todos os preços pelo meu querer,  e quais não quero, mas preciso. Quais são dispensáveis e quais, não adianta, tenho que passar.
A forma, a amplitude que dou ao meu caminho é responsabilidade minha. A realidade que aplico ao meu caminho é a marca registrada do que sou e como vejo as coisas que me acontecem.
A intensidade de luz do meu caminho quem dá sou eu e o nível de trevas que consinto quem decide sou eu. A forma com a qual vejo a vida é que dá a cara que o meu caminho tem.
Com tanta responsabilidade sobre nós, a nosso próprio respeito, sobra tempo pra olhar o caminho do outro? Não. Mas dá pra saber quando se cruzam e receber com um bemvindo ou rechaçar com educação; dá pra comprimentar com graça quando se tornam paralelos e conviver com ternura, quando temporariamente é o mesmo, pra mais de um.
Tudo isso se constrói e se delineia ao longo da vida com uma atitude, que por vezes passa despercebida, chamada escolha.

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