sábado, 1 de dezembro de 2012

A MÃE DO HERÓI

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Mãe é aquela de quem a gente lembra sempre e os outros também, em jogo de futebol, então!!!
Lembramos, nós e os outros, no dia das mães, nas brigas da escola, num desaforo na rua, numa topada, mas na hora da glória pouca gente lembra, fala ou se  remete a ela.
Por esses dias foi eleito presidente do Supremo Tribunal Federal, Vossa Excelência, o já ministro da casa, Joaquim Benedito Barbosa Gomes, nascido em Paracatu, Minas Gerais e filho da D. Benedita.
Um afrodescendente  oriundo de classe desfavorecida - pai pedreiro e mãe dona de casa - num país cujo marco do preconceito é a discriminação social e a reboque dela todas as outras: a racial, de gênero, de orientação sexual e etc...
Neste contexto penso na MÃE, sim, na mãe do ministro. Porque até o filhote sair do ninho, as orientações, a formação de caráter, o aparar de arestas da personalidade, a noção de civilidade, de sociabilidade é dada pela família, leia-se a mãe, salvo as exceções. E fico imaginando os conselhos depois das brigas na escola, dos bullyings - porque isso não é de hoje - as decepções normais com as meninas na adolescência e os conselhos de D. Benedita. Que mulher! que visão de vida! Que disciplina! que sabedoria!O que se faz depois que se sai do ninho, a postura que se tem, o caminho que se toma e em que se acredita tem a ver com o que foi ensinado lá atrás.
Independente de qual projeto político está sendo gestado para o Brasil em relação às políticas de inclusão, qual estratégia está sendo articulada para a construção de um novo herói e quais águas ainda passarão debaixo dessa ponte, ter sido a pessoa certa na hora certa para um "plano de salvação", ter conseguido chegar até o lugar do qual pudesse ser visto e cogitado para um objetivo, espero que nobre,  já é digno de admiração e mesuras.
O que esperamos é que o ministro honre sua mãe e não se deixe transformar em "puppet" de programas políticos salvadores da pátria, não se empolgue e não se deixe vender por trinta dobrões. Até porque, não enxerga quem não quer, já tivemos o primeiro operário presidente da república, a primeira mulher e agora o "plano Marshal" da república das bananas é o primeiro negro presidente da república e essa construção começou  em 2003, na sua indicação para ministro do STF pelo então presidente Lula.
O momento é explendoroso, magnífico, e é para ser curtido, registrado, cantado em todas as rodas, mas como dizia um antigo comercial...." E não é só isso"...
Independente de pra onde vá o andor o santo é de barro e foi dona Benedita da Silva Gomes quem educou. Palmas pra ela que ela merece.

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