domingo, 31 de março de 2013

FAGULHA

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Quando olhamos para alguém, o que vemos?...uma fagulha. Não importa se a pessoa é bonita ou não, se é jovem ou não, se a pele tem uma tez macia ou encriquilhada; o que importa é a fagulha.
Não interessa se os cabelos estão limpos ou não, se o sorriso está completo ou falta alguém; o que interessa é a fagulha.
Tanto faz se está bem vestido ou maltrapilho, se o perfume é francês ou natural, mas a fagulha....
Aquele brilho no olhar que diz onde estamos, se no agora ou viajando; se num jardim de alegrias ou num vale de tormentos, se somos possuídos pela felicidade ou nos assalta a tristeza;
Aquela luz ou sombra que se manifesta nas janelas da alma, nos faróis da face é quem somos, é a pessoa genuína.
Praticar essa brincadeira de descobrir, esse exercício de aventura é um aprendizado espetacular. Esqueçamos o rosto e o que podemos ler nele, vamos para o olhar, procuremos a alma, a pessoa que está nele e prestemos atenção no que sentimos e não no que vemos. Talvez esse seja o jeito mais próximo de estarmos diante da pessoa de fato. O resto é aparência, espelho, teatro e adubo.
Com toda a nossa portentosidade somos mesmo é aquela fagulha brilhante, quase imperceptível na nossa correria, que se apaga quando não mais ali estivermos.

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