Nosso "modus operandis" é inusitado. Queremos sucesso, felicidade, tranquilidade, paz e sabedoria....de graça. Sem precisar fazer grandes esforços, passar por dores. O que a gente esquece é que cada ítem desses é uma moldagem na massa de modelar que somos.
Entramos em profunda tristeza ou depressão quando alguma coisa dá errada, e leia-se errada quando a coisa não sai do jeito que a gente queria.
Se movimentar, sair do lugar e ousar fazer o que nunca fizemos antes pode ser a chave do sucesso; quebrar a cara, se ferrar, ficar triste e conhecer o outro lado da moeda, pode ser a chave da felicidade. Senão como vamos saber o que é ser feliz se nunca fomos infelizes? como vamos saber o que é tranquilidade se não conhecemos os tempos de perturbação e turbulências? Desfrutar de paz é pra quem a perdeu algum dia.
Ter sabedoria talvez seja juntar tudo isso, adicionar paciência, discernimento e aceitar naturalmente que quebrar a cara é condição "sine qua non" para crescer e a partir daí aprender a escolher. Usar a sabedoria talvez seja, ao invés de escolher as armas dos duelos na vida, escolhermos os remendos, aqueles que a gente sabe que aguenta. Fazendo isso já estaremos escolhendo as armas, não as nossas, mas aquelas que vão nos ferir. Já que, na vida, não há aprendizado sem sofrimento - infelizmente é assim que funcionamos - escolhamos, pelo menos, o melhor curativo e a cicatriz mais charmosa :)
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