domingo, 4 de agosto de 2013

AMOR

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Falar do amor na terceira pessoa é complicado, então.....
Não sei amar, definitivamente não sei, descobri quando me deparei com o conceito sublime do amor universal. Aquele que nos une como a um só, pequenas gotas de um imenso oceano, uma coisa só, junta e separada.
Tô aquém! Não alcanço! Não entendo! Não acesso! sou pequena demais para senti-lo, frágil demais para recebê-lo e fico olhando para esse eterno tudo, etéreo visível, contemplável, desejável e inalcançável feito criança em loja de doces.
Não sei, não sei amar, não sei de verdade. Empatia é pouco, noção de justiça é pouco, complacência é pouco, compaixão é pouco, fraternidade é pouco. Todas as buscas que fazemos, todos os elos que construímos: amor de mãe, amor de pai, amor de filho, amor de irmão, amor amigo, amor de mulher, amor de homem, os vários amores que nos fazem estagiários/aprendizes para um amor maior, talvez não chegue nem perto.
Não sei juntar nem os do estágio, sou aprendiz em dificuldade, precisando de aulas de reforço e indo para recuperação, com notas baixas em todas as matérias e pagando dependência. Sou analfabeta em sublimidades, sou acéfala em nobilidades da alma, mas uma estudante dedicada e que reconhece sua deficiência, e esta matéria muito me interessa. Talvez, ela seja o motivo pelo qual estamos aqui....mas até o conceito não me entra na cabeça, minha noção de existência minguou.....
Não sei amar, mas gostaria de aprender. Porque sinto que  os que chegam perto são mais serenos, mais sábios, mais compreensivos com as coisas/lições da vida, são mais cândidos, têm um olhar prazeroso, no qual podemos nos deleitar...cobiço sim, cobiço o olhar de sabedoria, cobiço a temperança dos que chegam perto, me curvo à sua paciência, calma e ternura e acho que essas qualidades estão todas no caminho do saber amar. Não sei amar...mas vou aprender!
......Talvez essa seja a fala silenciosa de muitos de nós.

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