domingo, 11 de agosto de 2013

COMBUSTÍVEL

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"Você é o que você come" já dizia Feuerbach . Nosso assunto essa semana é saúde, bem-estar, fisiologia, o papel da escola na educação alimentar e o ativismo político da boa alimentação.
Descobrimos  que não sabemos nada de nutrição quando resolvemos emagrecer com responsabilidade ou virar atleta amador. Não sabemos sobre as propriedades dos alimentos, quais os benefícios de cada um para o nosso organismo, quais os que conjugados com outros  conduzem melhor as propriedades e ajudam na absorção pelo nosso corpo e os que brigam uns com os outros a atrapalham a absorção de suas propriedades no processo de digestão. Descobrimos o  quanto é difícil encontrar alimentos saudáveis pelos lugares por onde passamos, administrar os horários entre-refeições, descobrimos que essas são as grandes questões de uma vida saudável e o quanto  isso interfere no trabalho e  na vida social, mas que não é desculpa para não tentar e é possível conseguir.  Descobrimos, também, que esconderam de nós a força, a longevidade e a saúde.
Digo esconderam porque temos um fórum adequado, a escola, e não temos uma "disciplina" sobre educação alimentar e fazemos isso, alimentarmo-nos, todos os dias , várias vezes ao dia durante toda a vida. E este é um ponto intrigante, uma instituição de fomento e sistematização do conhecimento sequer tocar no assunto. Já existem projetos de lei e organização de políticas públicas concernentes a nutrição das crianças, mas o grande vilão ainda é a cantina da escola. (confira!).



Pesquisas hoje mostram que morre-se muito mais de obesidade do que de fome (aqui) , ou seja, estamos consumindo inadequadamente por falta de informação, não sabemos como funcionamos e temos um dia-a-dia que não nos possibilita cuidarmos de nós mesmos de maneira satisfatória. 
Somos pertencentes à geração da pressa, trabalhar, estudar, cuidar/gerir/administrar uma casa, filhos e tal. Se cuidar fica para último plano. A ajuda que temos para a otimização de tempo é o alimento processado/industrializado, um amontoado químico de conservantes, acidulantes, corantes, sódio e gorduras trans,(saiba mais) , um coquetel de calorias vazias. Os braços da indústria alimentícia vão a qualquer lugar e sua necessidade é criada pela propaganda. O horário de almoço, hoje, é cada vez menor, come-se às pressas, os intervalos são cada vez maiores de uma refeição a outra . O que esqueceram é de abolir as leis da fisiologia, passar de três horas sem alimento diminui a velocidade do metabolismo, gera acúmulo de gordura e consumo de massa muscular. 
Se quisermos ter uma vida saudável, livre de doenças, temos que saber sobre nutrição e fisiologia da nutrição, se quisermos ter uma vida longeva e uma velhice com qualidade, também. (veja) Poucas coisas são tão sofríveis quanto mudar hábitos a atitudes alimentares, readaptar o corpo à sua própria fisiologia, alimentar-se a cada três horas, como fazíamos quando criança, isso não é privilégio de crianças, gestantes e atletas, é para todo mundo. Ficaremos trinta a trinta e cinco anos de vida economicamente ativa, comendo mal, nas horas mais díspares e surrando o corpo, esse cara heroico que nos carrega uma vida inteirinha. Nesse ritmo fabricamos idosos doentes, diminuímos e expectativa de vida, comprometemos a qualidade de vida.
Uma velhice sem saúde pode ser evitado. Leve consigo uma fruta, uma barra de proteína ou de cereais, água, nozes, castanhas, frutas secas etc...e não deixe passar mais de três horas entre uma refeição e outra, é uma atitude simples que faz uma tremenda diferença a longo prazo. Seu corpo agradece. É a ele que você deve lealdade e atenção, é ele que vai te fazer companhia a vida inteira, cuide de seu melhor amigo e esse pequeno zelo será justificado quando você aos 60, 70, 80 anos ou mais  ainda  for o cara, aquele que tem saúde, disposição e está sempre pronto para ser feliz.



Faça da sua educação alimentar um ato político, desopile a saúde pública, declare falência da saúde privada e onere a previdência social, viva MUITO e MELHOR.
Assista o vídeo abaixo e veja o que a falta de informação e as calorias vazias estão fazendo com nossas crianças,  a triste radiografia do nosso futuro.


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