domingo, 7 de setembro de 2014

VER & FALAR

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Ver, talvez, não seja ver, seja criar.
Quem vê o que  vê, vê o que é capaz de criar, de conectar.
Quando vemos, seja lá o que for, ligamos todas as nossas experiências, juntamos tudo para chegar a um juízo.
Enquanto a gente vê, a gente fabrica um contexto, uma história, uma energia, um cheiro.
Ver é viajar para dentro, com o incentivo/estalo dado pelo de fora.
Falar do que se vê é falar de si,  de onde se esteve, do que se viveu, do que sentiu, de onde foram parar todas essas experiências dentro de nós, sobre como nós as digerimos, do que elas fizeram conosco.
Ver é tudo, menos enxergar o de fora.
Ver é transferir o de dentro para fora e ficar espantado sobre como o outro vê outra coisa.
Falar então...

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