quarta-feira, 15 de outubro de 2014

"PAIDÓS AGOGOS"

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Na Grécia antiga o escravo/aio  que recebia a missão de levar as crianças à instrução (ao que hoje chamamos escola) eram chamados "pedagogos". Aqueles que conduziam pela mão ao caminho da instrução. Poesia pura aperfeiçoada em dois mil e quatrocentos anos.
Conduzir alguém pressupõe condição para. Pressupõe conhecimento (episteme) e experiência de vida.Ser conduzido significa ser aprendiz, a tábula rasa que está sendo preparada para receber o que o mundo diz que é, que tem que ser. Um espirito puro, bruto, que precisa ser lapidado (parece piada).
E essa simbiose virou profissão. Essa metáfora espetacular da vida virou afazer sistematizado, que muda de cultura para cultura, mas está lá. Buscar nesse palheiro, a verdadeira essência do "Paidós agogos" e/ou professor é atividade para poeta hoje.
Ter a noção de que pela maneira da falar, de vestir, de tratar, de se portar, de atuar na vida se está educando alguém, tem uma criança lhe pondo como exemplo. Não é fácil.
Saber que dependendo do que se diz a um deles se ilumina um caminho inteiro ou se cobre de trevas toda uma existência é de uma responsabilidade sem medida. E não é exagero, dentro das alminhas do pequenos é isso mesmo.
Escolher estar no meio de um campo de trigo que é o sustentáculo de uma sociedade inteira, é no mínimo ser louco ou não ter a menor noção do que isso significa. Ser o guardador desse celeiro é missão nobre de uma encarnação, cujo valor foi criado para não ser mensurado. Escolher acompanhar os rebentos e suas famílias é uma aventura assustadora. Aprende-se muito e tem-se uma responsabilidade que vai para além dos muros da instituição a que se pertence.
...E pensar que o cara que tinha essa responsabilidade toda era um escravo...

Feliz dia do professor!

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