domingo, 28 de maio de 2017

PARA O ALTO E AVANTE

Partilhar
Dizem que fugir é próprio dos covardes. Nem sempre. Se a correlação de forças é desproporcional é o melhor a se fazer. Neste contexto, fugir é para os ousados. Para os que acreditam em si, para os que ainda tem esperança,  Que o diga os refugiados.
Seguir em frente é para os que olham para o horizonte e dizem, ali é o meu lugar. Com conforto, sem conforto. Com risos, com lágrimas, com gente boa, sem gente boa, por lugares bonitos ou por lugares inóspitos sair do lugar é a ordem da vida .
A decisão de levantar acampamento nasce na gente, antes da gente saber que é isso. A saída estratégica pela direita ou esquerda (hoje é temeroso dizer isso) nasce na gente depois de se examinar todas as prerrogativas de possibilidades (ao menos as mais óbvias). A saga sem destino como opção só vem quando é a única possibilidade inegociável, cujas premissas foram analisadas e não tem jeito, ou se vai ou não fica nada.
O dia um do movimento de vida é o mais importante, é o da decisão. É aquele dia que você escolhe o que vai com você: Você. O dia um é o mais difícil, pois estando parado já se está em movimento. 
Não há nada mais assustador que o amanhã. E como é um prisma com mil lados, também não há nada mais esperançoso. É, também,  metáfora de fé. O amanhã  é tudo o que se sonha e o que se teme. O amanhã é o depositário quase que material de movimento. Do movimento da vida.
Viva o amanhã com tudo o que possa trazer!

Cena do filme: "Livre" (2015) de Jean- Marc Vallé

Nenhum comentário:

Postar um comentário