domingo, 18 de setembro de 2011

ALMINHA BOA

Partilhar
Nasci no Pará, sou paraense inconsciente. Sou amigo, meio tinhoso, mas confiável e confidente.Tenho cachinhos na testa, ouço que é uma maravilha.Tenho expressões pra tudo, meus olhos são acurados, vejo tudo, percebo tudo, sei quando estão tristes, alegres, pesarosos, estressados; vejo até coisas do outro mundo. Dizem que sou especial, nunca entendi isso, mas deixa pra lá. 
O que na verdade me interessa é falar de mim. Sou alegre e uso um filtro de seleção espetacular para escolher meus amigos: a energia, a aura, a sinceridade, tenho radares bons pra isso. Sou inteligente do meu jeito, tenho rotina e sigo-a melhor que muita gente.
Sou viajado, já cruzei o país inteiro, conheço do Oiapoque ao Chuí, saí do Mercado Modelo para os Pampas
Já posso escrever minhas memórias, a minha saga pela vida afora. Não contem a ninguém, mas sei falar, ler e escrever. Só não confesso isso pra não perder o posto de queridinho da família e passar de xodó a arrimo, seria triste. A indolência é meu defeito.
Ando, corro, como e durmo o dia inteiro. Guardo a casa. Hã..hã...pelo menos faço barulho, os outros acordam, tomam as providências e fica tudo bem, salvei todo mundo. Defendo as damas na pracinha, pra nenhum indivíduo de energia mais ou menos se aproximar. Me imponho mesmo.
Mas o principal, nesta minha jornada aventureira é que sou cuidado e me amam, zelam por mim e eu retribuo da melhor maneira possível.
Sou uma alminha em evolução, que sente, que sofre, que se alegra, que se comunica, que entende as coisas de um jeito muito próprio.
Sou um instrumento de carne e osso que serve pra ensinar as pessoas a amar  e desenvolver lealdade e confiança. Não estou aqui à tôa. Ninguém está.
Sou amigo, sou fiel, sou leal, sou Spike, o cocker da família Sanhudo Rocha. Vivo Feliz e dôo felicidade. Estou no lugar certo.





Esta é uma homenagem a Spike, um Cocker Spaniel de 8 anos, a alminha boa, com a qual a  família tem o prazer de conviver e que, a cada dia aprende coisas novas e ensina outras tantas.

Um comentário: