domingo, 17 de junho de 2012

VIAGEM PARA DENTRO

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"Conhece-te a ti mesmo" é uma frase célebre atribuída a Sócrates, filósofo grego. Contextualizando com a nossa temporalidade,  com o nosso cotidiano, sugere que prestemos atenção em nós mesmos, insinua que não sabemos o óbvio...quem somos. Soa imperativamente.
Para nos conhecermos, em primeiro lugar temos que ter coragem, confiança, sermos fortes, querermos nos conscientizar de algo, neste caso de nós mesmos, sim ás vezes vivemos uma vida inteira sem termos consciência de nós mesmos.
 A primeira ação é o exercício da atenção, desligar-mo-nos do exterior, das coisas que atrapalham, nos distraem e nos tiram a presença de espírito, encontrar um ponto de equilíbrio em que estejamos conosco mesmo, sabendo do que acontece ao redor mas, ligados em nós mesmos, cônscios, presente no aqui agora. A maior dificuldade que encontramos é livrar-mo-nos de todos os pensamentos e interferências que nos distanciam do presente. Quantas vezes executamos nossos afazeres pensando em mil outras coisas que são desnecessárias àquela atividade.
O exercício do silêncio interno também é importante, conhecermos nosso silêncio, nossa respiração, sem controle externo, somente nós, conosco mesmo. Desligar-mo-nos do mundo, desprender-mo-nos e termos prazer em nos conhecer.
O que importa não é o contexto, a inserção, a adaptação e sim o aqui e o agora. Esse processo exige  exercitar a paciência, a reflexão, a conscientização e  acarreta o nascimento da humildade. Percebendo o nosso tamanho e lugar exercita-la-emos como a respiração de todo o dia.
O abandono de vícios ajuda, principalmente o de falar. Devemos/deveríamos compartilhar somente o que realmente vale a pena, e valer a pena significa algo que também ajude o outro a se encontrar e/ou mostre as digitais da nossa evolução, o que fazemos na ação é e produz o efeito espelho.
O grande mote é encontrar uma nova dimensão dentro de nós. A primeira percepção é de que nâo sabemos o que pensamos que sabemos e assumir que nada sabemos, abre espaço no HD para aprendermos o que deveríamos saber. A segunda percepção é de que é natural ter emoções como as nuvens....que passam e a terceira percepção é a de que tudo, absolutamente tudo, tem um propósito e cabe a nós, silenciosa e pacientemente, descobrir qual é.
Daí em diante aprendemos que não existe certo e errado. Tudo depende de um referêncial. O certo é em relação a quê ou a quem. Nunca vamos estar certos padronizadamente e nunca vamos estar mais errados que os outros.
Aprenderemos também que devemos seguir a intuição e que tristeza é não aproveitar a vida. Aprenderemos a conhecer a nós mesmos assumindo as nossas imperfeições. Aprenderemos que contra o medo o grande segredo é cortar laços e que a nossa função é servir, sempre. E que não devemos desistir do que amamos, e que devemos encontrar amor no que fazemos.
Aprenderemos que a perfeição, a vitória e invulnerabilidade não existem e que ser totalmente vulnerável é a única coragem. Aprenderemos que agir é ação de sabedoria e reagir é ação de tolice.
Na verdade o que existe é só o caminho, sem começo e sem fim e que a felicidade está na jornada e que esta felicidade é contagiante.
Quando aprendermos que a vida é um mistério, que o humor é a força além de todas as medidas e que a mudança é a regra sem excessão....
Quando estivermos no lugar: AQUI, no tempo: AGORA, e atendermos pelo nome de: ESTE MOMENTO, estaremos prontos.



 

Peaceful Warrior: Elenco: Scott Mechlowicz; Nick Nolte;Amy Smart; Paul Wesley. Diretores: Victor Salva e Shalimar Reodica.2006.
 



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