Avô é aquele parente condescendente que não tem cara de parente, tem cara de alegria.
Avô é aquela entidade que a gente visita pra ser recebido de outra forma.
O avô já viu de tudo, sabe tudo, inclusive que a partir do sorriso e do carinho podemos construir um mundo.
Avô é aquele que sabe que pressa não adianta e faz tudo muito lentamente.
Avô é aquele que, por conhecer o mundo, sabe ciceronear.
Avô é aquele cara que parou de brigar por tudo e assiste dando nota em silêncio.
Avô é aquele que lida bem com o fardo, pois já o teve como objeto, como obrigação e agora é apenas exercício de vida....gratidão.
Avô é aquele que quietinho ou não, tem uma compreensão acima da média e que nos olha como lembrança e esperança.
Avô é aquele que acende assim que chegamos e que nos dá poder de torná-lo mais forte e especial, alguém que já aprendeu a ouvir o próprio silêncio e que adora o nosso barulho; alguém de madeira por fora e marshmallow por dentro.
Ser avô não é desempenhar um papel social, é ficar encantado, é ter ares de papai noel, poder de duende, saber de um mago e alegria de palhaço. É alguém enfeitiçado pela vida.
Bem aventurados os que são avós de verdade, que encarnam esse papel irresponsável e mágico para alegria de quem começa uma jornada e prêmio de quem a está concluindo.
Exercer a magicidade de ser avô, ter essa grandeza de percepção é pra poucos, mas ainda bem que existem.
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