sábado, 23 de novembro de 2013

MANZOÁ

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Manzoá é uma gaiola usada para pescar lagostas. A partir dessa prática e mudando a perspectiva para a da lagosta, reflitamos: A pescaria da lagosta pode ser uma lição de vida e por analogia, nos fazer chegar a considerações importantes sobre nossas ações cotidianas, muito principalmente, as que regem nossa jornada. 
Às vezes atraídos por uma bela isca entramos em manzoás; seja isca/amizade, que não é amizade; isca/amor, que não é amor; isca/sucesso, que não é sucesso...iscas mil. E assim como ocorre conosco, acontece a outras tantas pessoas,  ficamos presos no mesmo manzoá.
Quando percebemos que a isca acabou, que o que tinha de atrativo ali não existe mais ou não nos interessa mais, seja porque crescemos, mudamos ou porque já deu o que tinha que dar, os não acomodados ( às vezes acho que isso é uma questão de personalidade) tentam sair...Ah! dizem que é impossível sair de manzoá. rsrsrsrsr..... Nada é impossível!
Tentar sair de manzoá é um grande momento....o povo do manzoá não deixa, um puxa daqui, outro puxa dali, um outro puxa para baixo, outro segura uma perninha, a correnteza não ajuda, e se bobearmos, saimos sem um pedaço, mutilados ...é isso ou ir para a panela.
O que percebemos no nosso entorno é só para nós, é o que nós, individualmente, precisamos para nossa jornada, a do outro é a dele, é outra. Quando percebemos que não tem mais isca, às vezes, só nós percebemos o outro não; quando percebemos que a gaiola ficou pequena, pode ser que ela só esteja pequena para nós, para o outro está ótima.
Todo ciclo se fecha e o lugar fica pequeno, nossas potencialidades foram desenvolvidas, não cabemos mais onde estamos, a chamada do crescimento nos impele a movimentar-mo-nos. Mas, os amigos, o contexto, o ambiente daquele momento, que não mais existe como antes, insiste em que fiquemos, tenta nos convencer de que não há nada lá fora. Às vezes não é por mal, às vezes...é.
Mas nosso crescimento, nosso conhecimento do mundo é muito mais importante. O ciclo se fechou, havemos de insistir em sair, sabendo que ficará um pedaço para trás, crescer é aprender a viver mutilado, mas antes mutilado do que prato chic.
A jornada é nossa, a nossa percepção só serve para nós. É o que nós vamos precisar para o que vem pela frente e que é nosso, só para nós. Os "insights", as intuições, são personalizadas, são do nosso número. Comprometer uma jornada para agradar outrem, por mais que amemos não vale a pena. A missão, seja ela qual for, é muito maior que isso, e perder a oportunidade de saber o que vem na página seguinte do livro de nossa vida, não dá!
O lugar ficou pequeno? O ciclo se fechou? Não tem mais o que fazer ali?....saia do manzoá e ganhe esse marzão de extensão planetária e profundidade abissal....Saia!.....e fique à vontade!

Saiba mais sobre manzoás: (aqui)

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