domingo, 15 de dezembro de 2013

NASCIDOS PARA A SUBVERSÃO

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Se tem uma coisa que inquieta o ser humano são grilhões, sejam eles leves, amorosos, vis ou vilipendiosos. Qualquer estrutura, arcabouço ou circunstância que paralise, aprisione ou subjugue é incômoda e estimula a infração, ao levante, ao motim. A incitação ao movimento e a ojeriza à prisão é da natureza, aquela selvagem, instintiva.
Somos nascidos para a desobediência. É o mecanismos que nos faz crescer e que nos diferencia dos demais na experiência, que impulsiona a evolução e nos tira do lugar comum. O NÃO, apesar de ser necessário em alguns momentos no nosso polimento educacional, cumpre função oposta em circunstâncias mais específicas. Quando já somos maduros, responsáveis por nós mesmos e com capacidade de gerir consequências, o NÃO é um desafio.
Temos uma rede de sensores de indução altamente subversiva, todo "não sem explicação", espúrio, ditatorial, subtende superioridade de quem diz e subserviência de quem escuta, sem questionamentos e sem porquês, isso aciona nossos sensores da subversividade. Isso vem de criança, daquela fase ma-ra-vi-lho-sa dos porquês. Faça isso!...Por que? / Venha cá!...Por que? / Fique aqui!... Por que?/ Não pode isso!...Por que?/ Não coloque o dedo na tomada!.....Por que?.... E haja porquês. Se não os respondemos já era, às vezes até respondendo...já era, lá se vai a criança descobrir pessoalmente as razões de tudo.
Essa sede de porquês e essa aversão aos "nãos sem explicação"  faz parte de nós, esse gene da desobediência, esse brilhozinho de canto do olho que acomete aos que têm por função descobrir o mundo, recriá-lo, reinventá-lo. Enquanto mantivermos esse gene ativo seremos sempre bandeirantes, desbravadores, criadores, estaremos vivos..... Não pense num elefante cor-de-rosa!  :)

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