sábado, 1 de fevereiro de 2014

O NARIZ

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Deveríamos fazer um inventário das partes que são nossas, nos compõe como roupagem e para as quais sequer atentamos, o nariz é uma delas. E é de uma injustiça tão óbvia que está na cara.
O nariz é um dos órgãos dos sentidos, funciona como antena e captador de cheiros, com ele sentimos o mundo, com ele intensificamos o paladar, captamos o oxigênio para fazer funcionar a nossa fisiologia. É um portal de memórias, é símbolo de liberdade, dá o nosso timbre de voz, nos imprimindo uma manifestação única na natureza, uma existência exclusiva no mundo.
Injustiçado, esquecido, não notado, é ele que chega primeiro que nós em todos os lugares aos quais vamos. É um intrometido, por assim dizer. Só lembramos dele em momentos de desaforo. Quando da imposição de nossa autoridade sobre nós mesmos..."quem manda no meu nariz sou eu" ou quando do enxerimento em algum assunto que não seja de nossa alçada..."Não meta seu nariz onde você não é chamado". Acostumamos a não vermos o próprio nariz, tanto que se alguém quiser esconder alguma coisa de nós, de uma forma tal que não a encontremos é só esconder debaixo de nosso nariz...funciona.
Mas as questões profundas que envolvem o nariz, o seu poder silencioso sobre nós é só a ponta do iceberg dos mistérios que a natureza nos reserva. O nariz nos livra da morte por ingestão de alimentos impróprios, o nariz é responsável por escolhermos a quem vamos amar, nos relacionar emocionalmente. E isso não tem nada a ver com a qualidade ou a marca do perfume. Essa escolha, esse acender dos sentidos são promovidas pelos ferormônios, cheiro natural que combina ou não conosco, E quem faz essa seleção, essa aceitação ou rejeição é ele....o nariz.
Pois é, quem diria, que esse órgão estranho no meio do rosto tem um papel tão importante na nossa felicidade, para além da sobrevivência. E a gente achando que manda no nariz, que ele é nada. Será que a gente não faz a mesma coisa, não usa do mesmo mecanismo de equívoco do não-enxergar com outros aspectos e circunstâncias ao nosso redor, sem perceber-lhes a importância, a vitalidade e a necessidade que temos delas? O que um "insignificante" nariz não nos fomenta a pensar? E aí?....quem manda em quem mesmo?! Rsrsrsrsr :)


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