domingo, 16 de março de 2014

PONTO CEGO

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No contexto em que vivemos, com um bombardeio ininterrupto de informações que não damos conta, num amontoado de "realidades" nas quais uma se sobrepõe a outra, parecemos barata tonta sem saber que bonde pegar, ou mesmo, a qual nicho pertencemos ou qual das "realidades" nos identificamos mais, numa matrix sem precedentes.
A pergunta que, possivelmente, deveríamos nos fazer, é: " o que será que não estamos vendo?" A vida sempre foi engano e ilusão, andamos um tanto para descobrir que estávamos enganados, mundos dentro do mundo maior. A diferença entre as ilusões, talvez seja, o quanto de pessoas optaram pela mesma ilusão, acreditando nela, atuando nela, o tempo de duração que ela terá e a força que a escolhida ilusão terá/tem sobre seus adeptos. Sair da ilusão é difícil, talvez procurar a coxia, os bastidores, a parafernália que a faz funcionar, seja um caminho. Talvez prestar atenção na equipe que a propagandeia, que diz que o caminho é aquele, que é o melhor, às vezes até, que é o único; seja outra boa opção. 
Provavelmente, toda ilusão tenha um mentor, um objetivo, uma trilha, e nós os seguimos sem enxergar, sem questionar, sem se perguntar o que será que não estamos vendo. Que muitas vezes, para quem está fora dessa trilha é tão óbvio, mas que nós também não temos capacidade ou condição de escutar. Onde estamos sendo ludibriados sem percebermos? Até onde nos enganamos porque não sabemos do que deveríamos saber? Até onde não enxergamos ou não queremos enxergar? Até que ponto esse jogo conosco mesmo, também não é um engano? Até  quanto temos o retorno dos preços que pagamos pelo que escolhemos? Qual é a parte do outro? Cadê a balança?
A vida é prisma de mil lados. Mas dos que damos conta, o que não vemos? O que não compreendemos? Como processamos tudo isso?
Não sabemos. Mas ter consciência de que este ponto cego existe em tudo o que fazemos, em tudo que escolhemos e em todos os caminhos que resolvemos trilhar e estar atento a ele,  já é um bom começo.

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