sábado, 28 de janeiro de 2012

HERÓIS

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O que é um herói? De que é feito um herói? O povo brasileiro não tem "know how" em heróis, não é afeito à pompa e circunstância do heroismo como o é o povo norte-americano, no qual se fomenta historicamente a imagem do herói para tudo, do Capitão América ao Superman, dos heróis de guerra do Vietnã ao heróis cotidianos que se arriscam, salvam alguém e recebem comendas oficiais de heróis.
Mas, o que é um herói? Alguém que usa suas potencialidades  para fazer o bem, salvar pessoas, evitar o mal e fica feliz; por vezes ou quase sempre, arriscando a própria vida. De que são feitos os heróis? De uma alma nobre, lapidada pelo amor maior, movida à luz e que se alimenta do bem; de uma etereidade blindada contra o egoismo, o apego e o exercício mesquinho da existência terrena.
O que leva alguém, em um determinado momento de sua vida, decidir viver para salvar ilustres desconhecidos? Viver para aprender a ser cada vez melhor em ser bom? Viver para sentir o prazer de ver o brilho da vida devolvida nos olhos de outrem? Que tipo de constituição de alma é movida a ganhar o sustento - material, mesquinho, rudimentar - com aleluia alheio? Como é alguém, por dentro, que diante de uma tragédia horrenda na qual os olhos da maioria se estonteiam, filtra o olhar, escaneia vida, suprime o próprio medo e age?...age com calma, precisão, racionalidade e, paradoxalmente, com o coração? De que cepa de almas sairam esses anjos rudes, travestidos de gente, com olhos de lince, ouvidos de tuberculoso, mãos de fadas e coração de deuses? Como se constrói corações ternos em meio ao caos humano que temos hoje?
É injusto mensurar essa grandeza com uma patente e um salário. Só mesmo no nível de evolução que possuímos se faz isso. E fazemos porque não temos outra unidade de medida.
As perguntas que faço não sei responder. Só sei que se estamos aqui para nos integrarmos e aprendermos uns com os outros,aprendamos.
Aprendamos que se pode amar ao outro como sendo nós mesmos
Aprendamos que se pode fazer ao outro aquilo que queremos que façam a nós.
Aprendamos que é possível viver nesse calvário de atrocidades  preservando a alma e fazendo o bem.
Aprendamos que o que plasmamos e queremos se realiza mesmo contra a correnteza.
Aprendamos que o que fazemos ao outro retorna para nós.
Aprendamos que o nosso caminho quem faz somos nós.
Aprendamos que, não importa como está o mundo, os do bem são sempre necessários.
Aprendamos que o bem nos protege.
Aprendamos que a maior recompensa é para quem faz.
Aprendamos que aquelas almas se lustram à cada dia.
Aprendamos que vivemos numa engrenagem.
Aprendamos que o heroismo não vem com os feitos, vem com o que decidimos ser, com a força que usamos para sermos e com o brilho que emanamos enquanto somos.
Aprendamos.....
Vejam quantas coisas podemos aprender observando e quantas coisas podemos ensinar sendo.
Pela primeira vez não sei como terminar um texto....só sei que a inspiração para escrevê-lo veio da Corporação de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.
Parabéns pela coragem, galhardia, competência e grandeza.















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