domingo, 19 de fevereiro de 2012

MATEMÁTICA DO AMOR

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Não é de hoje que muito me fustiga o mundo ser matemático. A matemática dita as regras, do Big-Bang, com suas proporções de aminoácidos e condições de pressão e temperatura, aos remédios que utilizamos no cotidiano, com suas porcentagens de elementos químicos - princípio ativo - que os compõem.
As horas são matemáticas, as distâncias são matemáticas, até o fazer um bolo é matemático. Bem, se não podemos vencê-la, juntemo-nos a ela, ou melhor....usêmo-la.
O amor nos parece ser a única "coisa" que escapa se olharmos correndo, correndo mesmo. Porque se prestarmos atenção, tem a tal da química do amor e, dá-lhe matemática. Então matematizemos de uma vez esta estória.
Vamos tentar mostrar que existe uma fórmula matemática para o amor.E tratamos amor aqui, como uma relação socia/espiritual/carnal entre duas pessoas que se gostam. E analisemos matematicamente as possibilidades de sucesso dessa relação.
Para melhor entendimento, fixemos algumas regras que serão fundamentais. Tanto na matemática quanto no amor há regras. Utilizaremos os números naturais (N) para ficar mais fácil a compreensão. Esse negócio de números inteiros (Z), Racionais (Q) e irracionais (I) vão complicar muito. De complicado basta o amor.
Sabendo-se que, para duas pessoas ficarem juntam é interessante levar em consideração o que elas têm em comum, Vejamos:
A fómula básica seria:

Tradução: A terá em comum com B, um elemento tal que, este pertença a A e também pertença a B.

1ª possiblidade: 
Dados os conjuntos/indivíduos A e B tais, que:

A={1;2;5;7}
B={1;2;5;7;9;11;12}
Temos:


 Veredito: Dominação absoluta.

Comentário: Tudo o que há em comum entre as partes é o próprio indivíduo A. O indívíduo B será o cara! Não haverá possibilidade de troca, aprendizado e crescimento para nenhum dos lados, logo....matematica/filosófica e fofoquisticamente - as possiblidades de neologismos de nossa língua  são o máximo. rsrsrsrs - Não daria certo!


2ª possibilidade:
Dados os conjuntos/indivíduos A e B tais, que:

A={8;10;16;20}
B={4;5;7;15;19}
Temos:


Veredito: Incompatibilidade generalizada.

Comentário: Neste caso não há nada em comum entre as partes. A "forçação de barra" , a superficialidade deste relacionamento, não trará benefícios, sejam de quais naturezas forem, para nenhuma das partes. As energias divergem, logo....Não daria certo!

3ª possibilidade:
Dados os conjuntos/indivíduos tais, que:

A={17;19;20;21;27;28;30}
B={12;15;16;20;21;27;32;37;40}
Temos:
Veredito:  Ideal.

Comentário: Mantendo-se as individualidades, as construções relativas à todos os aspectos do exercício da existência de cada um intactos - se isso for possível - tem-se algo em comum. Que sejam os aspectos de caráter, personalidade, gosto cultural, nível de espiritualidade, nível de conhecimento (episteme), o que for  que seja suficiente para que o prazer de estar junto se dê, já é todo o caminho, é só trilhar por ele. Matematicamente, daria certo!rsrsrs
Mas, o que seria dar certo? Talvez uma relação em que  se amem, se respeitem, se admirem e as energias convirjam, enquanto durar. 
Mas, o leitor deve estar se perguntando: Se é tão simples, por que é tão raro de se ver? Tão difícil de acontecer? Existem tantos conflitos e dissabores nas relações? (simples)². Primeiro, que o ideal está no mundo das idéias. Segundo, que a maior incidência de notas baixas é em matemática.
Mas, pelo menos, já sabemos que o amor tem fórmula e desenho. Viva o ludismo!
  

 




2 comentários:

  1. Muito bom o texto. Nota 9,5 só para, matematicamente, achar que o julgamento é a base do poder. rsrsrs

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  2. Muito bom o texto. Nota 9,5, só para que, matematicamente, eu crie a ilusão que julgamento é poder. rsrsrs

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