domingo, 9 de junho de 2013

DICOTOMIA

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A vida é paradoxal, ao longo dela lutamos por democracia de dentro de uma instituição centralizadora que é a família; gritamos por liberdade de dentro de uma instituição castradora chamada casamento; pregamos autonomia dependendo do dinheiro do pai e da mãe; incentivamos a liberdade expressão de dentro de instâncias, nas quais, se dissermos o que pensamos seremos  excluídos.
Que jornada! Fomento a esquizofrenia institucionalizada, um espetáculo sine qua non para o deus dos insanes, depois não entendemos porque o número de doenças cresce tanto na bíblia da psiquiatria, os chavões seriam bárbaros se não fossem tragicômicos:
Ser ou não ser, eis a questão! Quando o ser é ter.
Seja você mesmo! Contanto, que seja aceito por todo mundo.
Seja livre! Contanto, que faça o que os outros querem.
Use sua liberdade de expressão! Contanto, que diga o que os outros querem ouvir.
Pense por você mesmo! Contanto, que fundamente com a ideia do outro. 
Tenha sua própria opinião! Contanto, que ela seja igual a de todo mundo.
Se não...se não teremos problemas, sérios problemas. Ainda não conseguimos seguir a vida e administrar a convivência em sociedade sem controlar o outro, sem manipular.  O nosso selo de primitividade evolutiva, talvez, esteja aí. Os problemas que teríamos começariam  na conexão com os outros e terminariam na conexão conosco mesmo. E é aqui que o bicho pega! Se nos desconectamos de nós mesmos, não somos mais alguém, seremos ninguém, e ninguém presta pra nada, pra todo mundo. Viver  com sanidade hoje,  talvez seja, sermos nós pra nós mesmos,  torcendo para que ninguém perceba que estamos driblando o sistema.

2 comentários:

  1. É isso aí, Sonia. Mesmo correndo o risco de sermos considerados marginais, utópicos e radicais, para sermos nós mesmos, e assim sermos, nós devemos privilegiar o que faz a diferença: EU; sem ignorar a importância do outro para todos. Pô... É difícil paca.....!!!

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  2. É jorge, mas acho que seguir o caminho da àgua, trilhando pelas brechas deixadas e refletir sempre a cerca de toda essas questão é importante. Quando a gente pára de pensar, de questionar a coisa fica feia. Não se trata de bater de frente sempre, muitas vezes perder é ganhar. Bjs! Saudades.

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