sábado, 14 de junho de 2014

"TIME"

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Engana-se o ilustríssimo leitor que imagina que falaremos sobre futebol, copa do mundo ou equipes desportistas. O papo de hoje é sobre aquele tempo de resposta a um estímulo, seja ele qual for. A uma pergunta, a uma piada, a uma ação ou a uma sedução (entenda como todas as relações humanas que nos envolve, para além do erotismo).
Palavra advinda da língua inglesa, mantida em sua pronúncia e imiscuída na nossa gíria de cada dia, o Time deixou de ser só nome  de revista, ou designação formal de tempo, na tradução, para ser o representante semântico de um hiato importante, objeto de consumo de gente inteligente e com presença de espírito. Caracterizado por uma lacuna silenciosa que espera a consequência da causa, o Time  é definitivo. Ou você aproveita ou já era.
Nunca comece nada em que você não tenha a disponibilidade de uso do Time. Fica o vazio como produto de algo que não deveria ter começado, e ainda nos dá um certificado de não identificação do contexto.  Nada mais bistunto que rir de uma piada uma hora depois. Nada mais bizarro do que responder a um desaforo dois dias depois. Nada mais fatal que responder a um estímulo de sedução com "delay" (já que estamos afeitos a estrangeirismos). Tudo tem Time.
O não aproveitamento do Time é brochante. Ninguém instituiu normas e regras para o Time, elas simplesmente existem, são sentidas. Da mesma maneira que um Time bem aproveitado é excitante, entusiasta, dá vivacidade à circunstância.
O uso do Time é quase uma relação erótica com o tempo das coisas. Acerte seu relógio!!!!!

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