domingo, 18 de setembro de 2016

AMOR DE GATO

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Amor de gato não é para qualquer um. 
Ser amado por um ser independente que não está nem aí para o mundo e se mantém incólume diante de qualquer circunstância é um elogio.
Ser o referencial de proteção de um gato é uma declaração de idoneidade, de confiabilidade e, quiçá, de perspicácia. Gatos gostam de gente atenta. 
Ser o refúgio de um gato na hora do perigo, voluntariamente, é um presente. 
Ter a confiança de um bicho tão desconfiado é um recado, quase que, divino.
Ser pai/mãe de gatos, escolhidos por eles, é ser muito especial, podes crer. O gato sai mundo afora, se vira, entra em confusão, encara tudo, toma surra, não tem limites. Gatos não veem no ser humano uma extensão de si como os cães. Quando um gato te escolhe e confia em você, o diferencial está em você. Ele não faria com isso com qualquer um, não faria mesmo. Gatos não se enganam. 
Um cão come tudo o que o dono come, mesmo não gostando, eles agradam. Gatos não. Salvaguardadas as diferenças fisiológicas quanto as papilas gustativas, gatos só comem o que faz bem para eles, é uma questão de autogestão, de intuição, de um saber silencioso, e são um excelente mensurador sobre o que você não deve consumir. (fica a dica)
Gatos não agradam, não bajulam, não se humilham.
Ter o amor e a confiança de um bichinho desses é ser agraciado pelo cosmos, e possivelmente, não ter a medida espiritual disso. As bruxas que o digam! 
Contidos em suas manifestações, não gostam de bajulação e têm muito a nos ensinar, e uma das lições, talvez, seja esta: sobre  nossa autoestima numa espécie de jornada de autoconhecimento. 
Enxergar nossas virtudes através do amor de um gato é uma viagem de introspecção interessante. Gente que bicho não gosta é furada, principalmente, gatos. Óbvio que toda regra tem exceção, mas são a exceção da exceção. (raríssimo!). 
A declaração de amor de um gato é uma espécie de carteira de identidade para o restante da humanidade.
...já o amor entre eles é um tremendo escarcéu. Ninguém dorme! (rsrsr)



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