domingo, 29 de abril de 2012

TUDO PASSA

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Dizem à boca pequena que o  médium Chico Xavier tinha uma inscrição em sua cabeceira que dizia "Tudo Passa" e que ele a usava para lembrar, num momento de muita tristeza, que ela passaria e este artifício lhe oferecia conforto e alívio para o pesar que sentia, mas ele também a usava para os momentos de alegria e felicidade, para ter consciência que estes também passariam. Logo, não era para se entusiasmar em demasia nem se decepcionar quando não mais estivessem lá. Se era verdade ou não, não importa.
O que importa é a mensagem que estas duas palavras podem nos trazer e as mudanças de atitudes diante das questões da vida. O cultivo da paciência e serenidade que saber disso nos possibilita.
Somos passageiros. Passageiros de uma grande viagem, de uma grande ventura. E escolhemos, pedimos, precisamos estar na escola da vida, do mundo, da terra para "brincarmos de casinha" em papéis sociais e espirituais que achamos ser o nosso tudo.
Quando vejo imagens de estradas engarrafadas à distância, à noite, em saídas de feriados prolongados, aquelas filas infindáveis de carros com suas luzes de freio acesas fazendo um caminho de formiga lento, lindo e vermelho - embora incômodo para quem os enfrenta - fico imaginando ser esta a cena de um filme, o qual assistimos de fora e que é tão importante estar nele que fazemos qualquer negócio para sermos contratados, mesmo que como figurantes.
E quando fazemos parte do elenco, reclamamos do lanche, dos aposentos, do salário, do lugar do nosso nome nos créditos. Sem a menor lembrança de como quisemos, ansiamos, lutamos, pedimos, imploramos e precisamos estar nele, fazer parte da montagem.
Essa cena pictórica em minha mente/alma é o que me faz calar a boca quando dá vontade de reclamar, é o que me faz valorizar cada quadro e imaginar que o que não conteceu ainda é porque não chegou a hora de ser gravado ou não faz  parte do script. Fazemos parte de uma grande produção que também passa.
Logo, aproveitemos a cena daquele pôr-do-sol glamouroso, daquelas árvores floridas na primavera, do cachorrinho brincando com um copo vazio no pátio da escola, daquela criança procurando a tomada do microondas, do gato que procura o som atrás da T.V, daquele abraço de amigo que de longe se sente o calor, do beijo de namorados com saudades, de tudo o que a gente presta atenção, chora e se emociona num filme. Por que isso acontece do nosso lado e não enxergamos da mesma forma? Porque olhamos pra longe.
Olhemos para perto, pro nosso redor tendo a noção de que aquela cena que vemos não mais se repetirá, portanto selecionemos as melhores, as mais belas, as mais significativas, as mais cativantes, as mais calientes, as mais edificantes. Porque a única coisa eterna é aquilo que está dentro do que você pensa que é.....VOCÊ.




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